Quem diria: a poderosa produtora de cinema The Weinstein Company, arruinada pelos escândalos de abuso sexual dos irmãos Harvey e Bob Weinstein, foi adquirida por uma mulher.
Quando a empresa foi leiloada, em novembro de 2017, Maria Contreras-Sweet apresentou uma proposta de compra - a única do leilão - no valor de US$275 milhões, e agora tomou posse oficial da TWC. A empresária, nascida no México, passou a trabalhar na política, incluindo o cargo de secretária do transporte e habitação no governo da Califórnia, e administradora de fomento a microempresas no governo Barack Obama.
Contreras-Sweet pretende efetuar uma transformação completa na Weinstein Company. Primeiro, o nome será alterado, e o escritório antigo será abandonado. A nova diretoria será composta exclusivamente por mulheres, ao contrário da última diretoria, composta apenas por homens. Antigos administradores homens da TWC, não envolvidos nos escândalos, devem permanecer em outras funções de alto escalão.
Além disso, a empresa pretende "combater o controle elitista" na produção dos filmes, criar salas para funcionárias mulheres amamentarem e oferecer três refeições por dia a todos os funcionários. Para completar as ações, será criado um fundo de apoio às vítimas de Harvey Weinstein, que já conta com US$20 milhões doados pela própria Contreras-Sweet.
Com estas medidas, espera-se que a situação dos filmes e séries em vias de produção pela TWC seja resolvida, e que os novos projetos desenvolvidos na empresa ocorram de modo transparente e inclusivo.