Não é segredo para ninguém que a Sony não enfrenta seus melhores dias. Após o escândalo de vazamento de e-mails e dados de 2014, que custou a presidência da produtora Amy Pascal na companhia, e alguns fracassos de bilheteria, o estúdio teria chegado a um estágio de "vai ou racha" na opinião de seu mandatário atual, o executivo Tony Vinciquerra (via Variety):
"Se não crescermos, seremos a compra de alguém. Não aceitei esse trabalho para fazer isso por um ano e vender o estúdio para outra companhia [...] As pessoas estão conscientes que os negócios estão mudando rapidamente. Se não estivermos na ponta dos cascos, logo estaremos fora dos negócios", afirmou Vinciquerra, citando o impacto realizado por empresas gigantescas como Facebook, Apple e Google no mundo do entretenimento. Na visão do presidente, as companhias de tecnologia poderiam muito bem adquirir - ou realizar parcerias com - a Sony para aproveitar a experiência do estúdio na área de produção audiovisual.
Ainda, o crescimento dos serviços de streaming como a Netflix e o Amazon Prime e a bilionária compra da Fox pela Disney são outras duas razões pelas quais Vinciquerra escolheu ser tão franco quanto ao estado atual de sua companhia. De fato, o acordo que mudou os rumos da indústria do entretenimento comprova que qualquer coisa pode acontecer daqui para frente em termos de negócios. Se uma gigante como a Universal ou a Warner, que arrecadaram mais de US$ 5 bilhões cada em 2017, estiver em busca de uma expansão, comprar um estúdio de tamanho prestígio como o da Sony seria uma jogada inteligente.
De acordo com recentes relatórios fiscais, inclusive, se uma companhia adquirir a Sony e as outras subsidiárias do grupo SPE - que incluem empresas como a Columbia e a TriStar -, precisaria desembolsar aproximadamente US$ 30 bilhões para fechar negócio. E se a Disney tirou mais de US$ 60 bilhões de seus cofres para adquirir a 21st Century Fox, usar a metade deste valor não seria algo inimaginável no contexto atual.