Em 1993 Woody Allen foi acusado de ter abusado sexualmente de Dylan Farrow, filha adotada por ele e Mia Farrow, então com sete anos. O caso gerou certo burburinho, afinal Woody já encontrava-se no olho do furacão por ter trocado Mia por sua herdeira Soon-Yi, mas não foram encontrados indícios suficientes para abertura de processo criminal. O caso reacendeu com a primeira declaração oficial de Dylan, publicada no The New York Times em 2014, e voltou recentemente, emergindo no mar de denúncias que tomou conta de Hollywood desde a queda de Harvey Weinstein.
Oprah Winfrey entrevistou figuras proeminentes da campanha Time's Up depois do Globo de Ouro, onde todas vestiram preto em nome do movimento, e não hesitou em tocar no polêmico assunto. Citando um tweet de Dylan em que ela diz que achava que o tempo de Woody havia acabado em 2014, mas percebeu ter se enganado, o que a levava a duvidar do alcance da corrente atual, Oprah perguntou o que as mulheres gostariam de oferecer como resposta. O tempo acabou para Woody Allen?
"Espero que sim", declara Shonda Rhimes, enquanto Kathleen Kennedy prefere afirmar que o tempo do silêncio acabou. America Ferrera, Nina Shaw, Tracee Ellis Ross e Reese Witherspoon permanecem em silêncio, mas Natalie Portman sai em defesa da suposta vítima. "Eu acredito em Dylan. Gostaria de dizer isso: 'Acredito em você, Dylan'."
Um dos primeiros trabalhos de Portman nos cinemas foi sob o comando de Woody Allen, no musical Todos Dizem Eu Te Amo. O diretor nega as denúncias de Dylan.
