Estrelar blockbusters e ser rapidamente alçado à categoria de estrela de Hollywood não é uma tarefa fácil de ser digerida pelo psicológico de ninguém. Afinal de contas, as obrigações de um grande nome da indústria cinematográfica são muito pesadas e, ocasionalmente na era das redes sociais, fazer um determinado papel significa arcar com a atenção mais do que indesejada de certos fãs extremados. Margot Robbie, por exemplo, revelou que gasta bastante dinheiro para garantir sua segurança após ter recebido ameaças de morte que recebeu por causa de seu papel em Esquadrão Suicida:
"Você aprende muitas coisas no caminho, como quando você recebe ameaças de morte, é bom contratar uma equipe de segurança para checar as pessoas que enviaram essas ameaças e verificar se há algum histórico de violência. Você precisa saber se precisará de segurança para comparecer a certos eventos. E sempre que você faz uma verificação de segurança do tipo, isso custa por volta de US$ 2 mil, então é preciso levar isso em consideração quando você entra nesse meio", contou a atriz, em entrevista ao The Hollywood Reporter durante a turnê promocional de seu novo filme, Eu, Tonya, pelo qual está cotada para o Oscar de Melhor Atriz e foi indicada ao Globo de Ouro.
O âmbito negativo da fama não só produziu alterações na forma como Robbie leva sua vida, mas também modificou a forma como ela escolhe os seus papéis e, consequentemente, todo o seu planejamento de carreira e a maneira como enxerga seu lugar na indústria: Você precisa sempre ter um trabalho que possa financiar esse estilo de vida; não dá para fazer apenas filmes independentes pelo resto da vida porque aquele filme imenso mudou tudo e agora você precisa ter dinheiro para pagar pela segurança. Gostaria que alguém tivesse me avisado sobre essas coisas antes do filme. Assim eu não me ressentiria da posição na qual me encontro porque saberia no que estava me metendo".
As complicações encontradas por Robbie não a afastaram do papel de Arlequina - a atriz segue envolvida no Universo Estendido da DC, cotada para interpretar e/ou dublar a anti-heroína em pelo menos mais três ocasiões. Por outro lado, como a própria declarou, isso pode querer dizer que ela tenha menos chances de protagonizar produções que apresentem todas as suas habilidades cênicas, elogiadas tanto por David Ayer quanto pelo celebrado Martin Scorsese, com quem a atriz trabalhou em Esquadrão Suicida e O Lobo de Wall Street, respectivamente.
Eu, Tonya - que traz a atriz no papel de Tonya Harding, promissora patinadora artística dos Estados Unidos que teve a carreira encurtada por causa de um grande escândalo provocado por seu marido (Sebastian Stan) - chega aos cinemas brasileiros no dia 15 de fevereiro. Leia nossa crítica.