Kate Winslet, prestes a aparecer nos cinemas em Roda Gigante, não cansa de causar. Depois de defender publicamente os cineastas Woody Allen e Roman Polanski, ambos acusados de abuso sexual contra menores de idade, a atriz de Titanic levantou polêmica novamente ao destacar a suposta "alma feminina" de Allen.
Na declaração dada ao Sydney Morning Herald, Winslet mais uma vez ignorou as acusações e exaltou o espírito feminino do diretor. "Eu acredito que, de alguma forma, Woody é uma mulher. Acho que ele está conectado a esse lado dele, e entende muito bem as mulheres e personagens femininos que cria", contou. E essa opinião foi construída, segundo a atriz, por conta da densidade das personagens de Allen. "Elas são sempre ricas, densas e honestas sobre como estão se sentindo. Ele sabe como criar diálogos em que elas expressam tudo isso", completou.
A acusação de abuso contra o diretor de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, varrida para debaixo dos tapetes de Hollywood, veio à tona quando sua ex-esposa, a atriz Mia Farrow, revelou que ele molestou sua filha adotiva Dylan quando ela tinha apenas dois anos. Recentemente, a própria vítima chegou criticar a seletividade por parte da mídia em relação ao caso. "Por que a revolução #MeToo poupou Woody Allen? As mulheres estão expondo a verdade e os homens estão perdendo seus empregos, mas essa revolução tem sido seletiva", disse em carta aberta ao Los Angeles Times.
Durante o Festival de Cannes em 2016, o diretor minimizou as alegações em uma resposta a seu outro filho, Ronan Farrow, que criticou os veículos de comunicação por não o questionarem sobre os crimes. "Não tenho interesse nisso. Acho tudo uma estupidez de tablóide", disse Allen. À People, porém, ele fez questão de afirmar que seguiu em frente. "Eu mudei, nunca penso nisso. Eu apenas trabalho e faço meus filmes", afirmou.
Sobre ter aceitado trabalhar com Allen, Kate Winslet disse anteriormente que "não sabia se nenhuma daquelas coisas eram verdadeiras ou falsas". Roda Gigante, o filme em questão, estreia nos cinemas brasileiros no dia 28 de dezembro de 2017.