Lançado em 2006, Uma Verdade Inconveniente fez barulho não só ao faturar dois Oscar - documentário e canção original - como também pelo debate levantado acerca da crise climática, especialmente na urgência em deter suas consequências como meio até mesmo de sobrevivência. Dez anos depois, Al Gore retorna ao cinema para mostrar o quanto se avançou na última década na constante busca por tecnologias mais limpas.
Por mais que Uma Verdade Mais Inconveniente claramente siga os passos do documentário original, algo que chamou a atenção foi a mudança nos diretores: sai Davis Guggenheim, entram Bonni Cohen e Jon Shenk. Por que?
"Davis achou que tinha feito o seu melhor e que a sequência poderia se beneficiar de um diretor novo", afirma o produtor Jeff Skoll, em entrevista exclusiva ao AdoroCinema. "Diane [Weyermann], que já trabalhou de perto com boa parte dos grandes cineastas do mundo dos documentários, pensou imediatamente em Bonni Cohen e Jon Shenk como diretores que poderiam fazer um bom trabalho com o material, que poderiam trazer uma visão de direção diferente."
Já na reta final da pré-produção, a equipe de Uma Verdade Mais Inconveniente foi surpreendida com a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, citado no epílogo do documentário. "É certo dizer que este governo é menos amigável à causa climática do que esperávamos", afirma o produtor. "Independente de quem estiver no comando, há um grande movimento ao redor do mundo e nos Estados Unidos para promover a mudança para energia limpa."
Uma Verdade Mais Inconveniente já está em cartaz nos cinemas brasileiros. Confira abaixo as entrevistas exclusivas com Al Gore e os diretores, e também nossa crítica do filme!