O projeto de A Comédia Divina começou a ser desenvolvido muitos anos atrás, quando as tensões políticas não estavam tão fortes no Brasil, e as representações da religiosidade não despertavam tamanha polêmica.
Hoje, a história sobre um Diabo sedutor (Murilo Rosa) e a jornalista ambiciosa Raquel (Mônica Iozzi) que faz um pacto com o príncipe das trevas pode incomodar as almas mais sensíveis. Isso porque o malvado protagonista decide fundar a sua própria igreja carismática e criar um programa populista na televisão, como muitos líderes religiosos por aí...
O AdoroCinema conversou com o diretor Toni Venturi e o ator Thiago Mendonça, que interpreta o ingênuo rapaz apaixonado por Raquel. Eles comentam a importância dessas questões, capazes de refletir a onda conservadora do país atual, embora adaptem um texto escrito em 1884 por Machado de Assis.
A Comédia Divina está nos cinemas.