A decadência de Harvey Weinstein foi rápida. De um dos produtores mais influentes dos EUA – mais lembrado que Deus nos discursos de agradecimento do Oscar – à decadência total, Weinstein foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas no último sábado, para dois dias depois ser afastado oficialmente também do Sindicado dos Produtores.
Em declaração, os presidentes do Producers Guild of America (PGA), Gary Lucchesi e Lori McCreary, anunciaram:
"Nesta manhã, a diretoria do PGA decidiu por votos unânimes pelo desligamento de Harvey Weinstein da instituição.
Como é requerido pela Constituição do PGA, o Sr. Weinstein terá a oportunidade de responder antes do sindicato oficializar a determinação final, em 6 de novembro de 2017.
Assédio sexual de qualquer tipo é completamente inaceitável. Este é um problema sistêmico e universal que requer ação imediata em toda a indústria. Hoje, a diretoria do PGA – composta por 20 mulheres e 18 homens – criou a Força-Tarefa Anti Assédio Sexual, dedicada especificamente a pesquisar e propor soluções substantivas e efetivas em relação aos assédios sexuais na indústria do entretenimento.
O PGA chama os líderes espalhados por toda a comunidade do entretenimento a trabalharem juntos para certificarem-se de que o abuso e o assédio sejam erradicados da indústria."
Desde que o jornal The New York Times e a revista The New Yorker fizeram públicas as denúncias contra Weinstein, dezenas de mulheres entre atrizes, produtoras, diretoras e roteiristas também se pronunciaram, revelando momentos em que sofreram assédio – algumas por Weinstein, outras por outros homens influentes da indústria.
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