Lançado no dia 6 de outubro na Turquia, o longa Blade Runner 2049 chegou ao país com algumas cenas a menos do que em outros locais. A Sony recebeu queixas de críticos turcos, como Burak Göral, e afirmou que removeu todas as cenas de nudez do filme de Denis Villeneuve: "Em alguns territórios, [o estúdio] forneceu versões levemente editadas do filme para serem respeitosas à cultura local".
No Twitter, Göral criticou a decisão da Sony e citou um exemplo. Segundo ele, uma cena mostrada no trailer, em que Ryan Gosling e Sylvia Hoeks descem uma escadaria com vários replicantes nus ao lado, foi cortada para esconder a nudez.
Göral faz parte da Associação de Críticos de Filmes da Turquia (SIYAD), integrante da FIPRIESCI (Federação Internacional de Críticos Cinematográficos), que redigiu uma carta aberta contra a censura da Sony. "Impor seu ponto de vista sobre uma 'cultura', vendo-se como uma autoridade capaz de decidir o que é apropriado e o que não é apropriado para uma 'cultura local', é a maior demonstração de desrespeito [...]. É um insulto aos turcos, e principalmente aos cinéfilos, assumir que eles ficaram perturbados por qualquer sinal de nudez".
Como exigência, a SIYAD pediu que a Sony se desculpasse e corrigisse a situação o mais rápido possível. Demandaram também que isso não aconteça novamente e lembraram que a Turquia já passa por um processo de censura nacional, ao qual a SIYAD se posiciona contra.