No dia 1º de dezembro de 1955, a costureira negra Rosa Parks decidiu que era a hora de se rebelar contra a opressão. À época, os ônibus estadunidenses tinham áreas de assentos segregadas: a parte posterior do veículo era destinada aos brancos e o fundo, aos negros. Quando se recusou a ceder seu lugar para um homem branco, Parks entrou para a história e deu início a um movimento crucial para a população negra nos Estados Unidos. E finalmente, a ativista ganhará uma cinebiografia para chamar de sua.
Com direção de Julie Dash (Queen Sugar), o longa vai explorar os anos de formação de Parks como ativista e os momentos anteriores à sua decisão de permanecer onde estava sentada no ônibus, ato que foi o estopim do boicote aos ônibus de Montgomery. Antes mesmo de virar um ícone dos movimentos civis, a costureira já era muito ativa e foi uma das principais figuras a pedir justiça no caso Recy Taylor, mulher negra que foi estuprada e assassinada por sete homens brancos no Alabama, em 1944. O trágico ocorrido e as ações de Parks em relação ao caso são narrados no livro de não-ficção "At the Dark End of the Street", base do roteiro do vindouro longa ainda sem título.
Dash — que já dirigiu um telefilme sobre a vida de Parks com Angela Bassett (Master of None) no papel principal — foi escolhida justamente por conhecer muito bem a trajetória da costureira. Segundo o Tracking-Board, os produtores da obra esperam que a biografia, que deve começar a ser filmada em 2018, concorra aos principais festivais cinematográficos do ano que vem.
A cinebiografia de Rosa Parks ainda não tem previsão de estreia.