Desde seu anúncio, Polícia Federal tem sido acusado de ser panfletário e tendencioso politicamente, algo imediatamente combatido por boa parte da equipe, que afirma usar os fatos envolvendo a operação Lava Jato para criar entretenimento e diversão. "Embora a história seja política, a gente optou por não ficar fazendo análise. Aí talvez a gente precisasse de um distanciamento histórico", explica o diretor Marcelo Antunez.
Mas, afinal de contas, o que atrairia o público a ir aos cinemas ver um filme sobre a Lava Jato, tão presente no noticiário cotidiano? "A gente percebeu que o público tinha contato com esta história através dos jornais, obviamente, mas sempre do pós-fato. [..] As pessoas não sabem o que acontece antes, que não está no jornal. Como se chega a determinada denúncia ou prisão? Esse era o grande frescor que a gente podia trazer", afirmou o diretor.
Apesar de dissecar a Lava Jato sob o olhar da Polícia Federal, Antunez não sabe dizer se o longa-metragem aponta um futuro otimista para o Brasil. "Difícil dizer, né? [..] É um filme esperançoso porque é possível de fato que a gente caminhe para a frente. Acho que a gente está evoluindo, tenho certeza que não estamos involuindo, porque agora a gente pode debater. Antigamente a gente não podia."
Já em cartaz em 737 salas espalhadas pelo país, Polícia Federal - A Lei é para Todos conta com Antonio Calloni, Flávia Alessandra, Marcelo Serrado e Bruce Gomlevsky no elenco. Confira nossa crítica!