O humorista carioca Paulo Silvino morreu aos 78 anos na manhã desta quinta-feira, 17 de agosto. Vítima de câncer no estômago descoberto em 2016, ele faleceu em sua casa, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, segundo a Central de Comunicações da Globo. Ator, compositor e roteirista com mais de 50 anos de carreira na televisão, um dos seus papéis mais lembrados na TV nacional foi no programa Zorra Total, onde interpretou o porteiro Severino e falava o famoso bordão "Cara, crachá! Cara, crachá!".
Além de passar por canais de TV extintos, como Tupi e Excelsior, Silvino chegou na Globo em 1966, como apresentador do Canal 0, programa de humor que satirizava a programação das emissoras da época. O humorista cresceu no meio artístico ao lado do pai, Silvério Silvino Neto, comediante que fazia paródia de figuras públicas nas décadas de 1940 e 1950. Seu lado musical foi revelado a partir das aulas que tinha com sua mãe pianista, Noêmia Campos Silvino.
No cinema, seu primeiro papel foi na comédia Sherlock de Araque (1958) e seu último trabalho foi Gostosas, Lindas & Sexies, que estreou este ano. Como roteirista trabalhou no movimento nacional da pornochanchada, escrevendo longas como Um Varão Entre as Mulheres (1974), O Padre Que Queria Pecar (1975) e Assim Era a Pornochanchada (1978).
João Paulo Silvinho, um dos três filhos do ator, usou as redes sociais para falar sobre o pai: "Que Deus te receba de braços abertos". A filha, Isabela Silvino, também fez uma publicação: "Amigos, obrigada por todas as mensagens. Ainda estou naquele processar isso tudo. Mas posso dizer que ele foi bem. Sem sofrer."