Em tempos de crise econômica, desconfiança nas instituições públicas, pessimismo em relação ao futuro e queda até mesmo em rankings de felicidade mundial, não é difícil para o brasileiro imaginar que os porvir não será dos mais favoráveis. O cinema nacional já refletiu esse ceticismo em relação ao destino da nação em obras das mais diversas e algumas dessas obras serão revisitadas na mostra Brasil Distópico, em cartaz na CAIXA Cultural Rio de Janeiro.
Entre os dias 15 a 27 de agosto de 2017, serão exibidos 37 filmes entre longas e curtas-metragens que imaginam um futuro sombrio para o Brasil. A mostra lança luz para uma gama de filmes que vai de clássicos da ficção científica nacional, passa por documentários e traz ainda produções mais recentes e obras independentes de menor orçamento. As sessões custam R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia).
A mostra conta com produções como Serras da Desordem (2006), de Andrea Tonacci; Branco Sai, Preto Fica (2014), de Adirley Queirós; A Noite do Espantalho (1974), de Sergio Ricardo; Hitler, Terceiro Mundo (1968), de José Agrippino de Paula, O Quinto Poder (1962), de Alberto Pieralisi; Brasil Ano 2000 (1969), de Walter Lima Júnior; Parada 88: O Limite de Alerta (1978), de José de Anchieta; e Oceano Atlantis (1993), de Francisco de Paula.
"Se chamamos de utopia uma espécie de futuro ideal, sonhado ou feliz, podemos dizer que a distopia é o seu exato contrário, isto é, um futuro sombrio, que teria dado errado, geralmente marcado pelo medo, pelo desencanto e constrangido por meios sofisticados de opressão, vigilância e controle", definem os curadores da mostra ao falar sobre o tema em um comunicado à imprensa.
Haverá ainda um curso gratuito sobre o cinema de ficção científica produzido no Brasil com o professor e pesquisador Alfredo Suppia e os debates Sensibilidades distópicas no presente e Paisagens distópicas no cinema brasileiro. Confira a programação completa no site da CAIXA Cultural.