Para Mike Mignola, criador do Hellboy, a trilogia de Guillermo del Toro — que, segundo o autor, não foi finalizada por causa do cineasta — já é coisa do passado, uma vez que o escritor está completamente focado no futuro da franquia. Na verdade, Hellboy: Rise of The Blood Queen pode ser muito mais do que um reboot do demônio rubro; pode ser também o início de um universo cinematográfico compartilhado.
"O filme é uma adaptação bem livre de uma das graphic novels do Hellboy. Quando você tem várias edições, você tem a chance de adaptar muitas coisas. Você pode procurar no vasto mundo e pescar elementos daqui e dali. Você quer vender um mundo enorme, mas você precisa selecionar o que estará na base desse mundo. O desafio para nós foi não perder a trama de vista, especificamente, e ainda sugerir elementos de uma narrativa maior. Espero, então, que o filme introduza muitas coisas que possam ser expandidas em um Universo Cinematográfico do Hellboy", declarou Mignola em entrevista ao The Verge.
Certamente, a ideia é empolgante. Mignola é um dos autores mais prolíficos da atualidade — a saga de Hellboy gerou inúmeros spin-offs estrelados por personagens interessantes, como Abe Sapien, nos quadrinhos — e todos os grandes estúdios desejam possuir pelo menos um universo cinematográfico atualmente. Logo, estruturar um universo compartilhado baseado nas obras de Mignola é algo mais do que viável. Por outro lado, Rise of The Blood Queen, que ainda nem começou a ser filmado, precisará apresentar um bom rendimento antes de mais nada. Se o filme falhar com o público e a crítica e não der um bom retorno nas bilheterias, concretizar o sonho de Mignola será uma tarefa bastante complicada.
Dirigido por Neil Marshall (Game of Thrones), Hellboy: Rise of The Blood Queen traz David Harbour (Stranger Things) no papel principal e Ian McShane (American Gods) no elenco de apoio. Ainda não há previsão de estreia para o reboot.