Apesar de já ter faturado mais de US$ 4 bilhões em 2017, a Universal também encontrou alguns contratempos neste ano. Um deles, talvez o maior, responde pelo nome de A Múmia, filme que pode ter dado quase US$ 100 milhões de prejuízo aos cofres do estúdio, segundo analistas. Ponto de partida do ambicioso Universo Sombrio — conjunto de longas que exploram os maiores monstros do cinema como o Frankenstein (Javier Bardem) e o Homem Invisível (Johnny Depp) —, o longa estrelado por Tom Cruise foi um fracasso de público e crítica nos Estados Unidos. Assim, um clima de instabilidade paira sobre o universo compartilhado e a primeira baixa já se anuncia no horizonte: Alex Kurtzman, diretor da obra.
Em entrevista ao IGN, o cineasta declarou que sua permanência no Universo Sombrio é incerta: "Sabe, a verdade é que eu não sei. Realmente não sei. Honestamente. Preciso estar interessado no projeto. Preciso sentir paixão pelo que estou fazendo". Ainda não se sabe que planos o estúdio tem para controlar a situação, mas se os executivos da Universal realmente quiserem corrigir o curso da embarcação, eles terão que acertas as contas com Kurtzman. Afinal de contas, o roteirista e diretor é um dos principais articuladores da franquia e continua listado como produtor das obras vindouras do Universo Sombrio, como A Noiva de Frankenstein e O Monstro da Lagoa Negra.
Vale lembrar que A Múmia — Sofia Boutella interpreta a criatura-título —, é o melhor lançamento internacional da carreira de Tom Cruise. Assim, existe a possibilidade de que a Universal mude o foco e passe a mirar nos públicos globais. Por outro lado, é preciso notar que é improvável que o estúdio deixe de buscar reconhecimento e prestígio em solo nacional para os longas do Universo Sombrio. E você, o que acha da situação? Kurtzman deve permanecer ou não? O que a Universal deve fazer?
A Noiva de Frankenstein, dirigido por Bill Condon (A Bela e a Fera) deve chegar aos cinemas em 2019.