Já faz algum tempo que as coisas não andam muito bem na divisão de filmes da Sony. A empresa — um dos poucos grandes estúdios de Hollywood que não possui um universo cinematográfico próprio como os da Disney ou os da Universal — registrou um prejuízo de aproximadamente US$ 86 milhões (quase R$ 270 milhões) no primeiro trimestre fiscal de 2017 — período que compreende os meses de abril, maio e junho.
Ainda que o estúdio tenha perdido menos dinheiro nestes três meses do que no mesmo período de 2016, quando teve um prejuízo de US$ 103 milhões, o futuro financeiro da Sony preocupa os executivos da companhia. É certo que a ótima arrecadação de Homem-Aranha: De Volta ao Lar — os ganhos com o merchandising irão todos para a Marvel por causa do acordo firmado entre Kevin Feige e Amy Pascal — e o hit Em Ritmo de Fuga trarão uma certa folga para os cofres da empresa, mas os próximos grandes lançamentos da Sony podem não conseguir manter o ritmo.
Após enfrentar problemas e atrasos em sua produção, A Torre Negra (24 de agosto) é uma verdadeira incógnita e Jumanji: Bem-Vindo à Selva (20 de dezembro nos EUA/4 de janeiro de 2018 no Brasil) terá que enfrentar a ferrenha competição de um "pequeno" filme chamado Star Wars: Os Últimos Jedi.
Vale lembrar que esse cenário complicado, inclusive, não se limita apenas a 2017. No ano passado, a Sony falhou na missão de lançar uma nova franquia de Caça-Fantasmas — que arrecadou uma quantia menor do que o filme original —, e ainda não conseguiu assegurar os direitos de distribuição do próximo filme da saga James Bond.
No momento, a única esperança parece residir nos filmes derivados da saga do Cabeça de Teia, Venom e Sabre de Prata e Gata Negra. Será que a Sony vai conseguir recuperar o dinheiro perdido e voltar ao azul? Só o tempo dirá.