Um começo eletrizante para o 12º Festival de Cinema Latino Americano de São Paulo.
A cerimônia de abertura, no Memorial da América Latina, abriu espaço para os habituais discursos de agradecimento e parabenização, até a chegada de André Sturm, Secretário da Cultura do prefeito João Dória.
Associado ao congelamento de verbas para a pasta e às recentes ameaças físicas a agentes culturais, ele foi recebido pela plateia com intensas vaias, que duraram mais de quinze minutos. Os organizadores, preocupados, pediam calma à plateia, que respondia com gritos de "Golpista", "Descongela a cultura" e "Vem quebrar a minha cara". Recusando-se a descer do palanque, Sturm discursou em tom inaudível, abafado pelas vaias, e foi embora.
A tensão se dissipou com a primeira exibição no Brasil da produção nacional Corpo Elétrico, dirigida por Marcelo Caetano. O drama paulistano retrata a vida de trabalhadores de classe média baixa, com naturalidade e bom humor ao lidar com questões de sexualidade. Entre risos e aplausos, o filme marcou o início politizado do festival.
As exibições ocorrem até o dia 2 de agosto. Descubra mais informações sobres os filmes, horários e cinemas no site oficial do evento.
