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    Em Ritmo de Fuga: “Se você contrata um diretor com uma visão, deveria deixá-lo manter sua visão”, diz Edgar Wright (Entrevista exclusiva)

    Com vocês, a criatividade de Edgar Wright.

    Em Ritmo de Fuga é o primeiro filme que o diretor Edgar Wright lança depois da treta que resultou na sua saída do comando de Homem-Formiga, por “diferenças criativas”. Na época, o realizador teve seu roteiro descartado pela Marvel Studios e resolveu pular do barco.

    “Acho que a questão com grandes filmes de franquias é que chega um ponto onde todos começam a querer proteger a marca da série. Pessoalmente, acho que se você contrata um diretor com uma visão, você deveria deixá-lo manter sua visão”, diz ao AdoroCinema, sem rodeios.

    No caso de Baby Driver (no original), ele garante que teve total liberdade da Sony para seguir com seu projeto original. Tanto que a ideia de uma sequência foi algo aventado antes mesmo do lançamento do filme. “É meu trabalho criar uma história de que eu goste, mas eu não tinha nenhuma ideia de fazer uma continuação até começar a filmagem e perceber que eu gostaria de trabalhar com esses atores interpretando esses personagens novamente”. E mais ele não revela (nem mesmo se um ou mais personagens que morrem - sem spoilers - poderiam voltar como... zumbis num possível filme 2).

    Cultuado pela série de filmes que ficou conhecida como a "Trilogia Cornetto", ou "Trilogia de Sangue e Sorvete" (Todo mundo Quase Morto, uma comédia com... zumbis; Chumbo Grosso; e Heróis de Ressaca), ele também traz no currículo Scott Pilgrim Contra o Mundo. (A falta de) Criatividade, portanto, nunca foi um problema para Wright e, com Em Ritmo de Fuga, não é diferente.

    Maior lançamento da carreira do cineasta, o filme já é um sucesso de crítica (94% de aprovação no Rotten Tomatoes, a partir de mais de 250 críticas registradas) e público (ao custo de US$ 34 milhões, já arrecadou mais de US$ 123 milhões). “Outros filmes podem custar três vezes mais, mas às vezes as pessoas sequer sabem o que pretendem fazer com esses filmes”, ele explica.

    Qual a fórmula do sucesso? “No momento em que percebi que Baby Driver era o único filme original no top 10 dos filmes do verão [norte-americano], me senti muito bem. Tendo dito isso, deveriam existir mais filmes originais. Acho que o público quer coisas novas”.

    Para a audiência, a criatividade de Edgar Wright nunca esteve em cheque.

     

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