Quando Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos, o partido Democrata atribui a hackers russos a responsabilidade pelo vazamento de e-mails pessoais de Hillay Clinton, determinantes para o resultado do pleito.
Trump sempre negou as acusações, mas a últimas semanas trouxeram provas de que membros de sua equipe se encontraram com personalidades russas em busca de materiais nocivos contra a adversária. Agora, devido à imagem negativa que o presidente russo Vladimir Putin tem recebido da mídia, dois grandes filmes de Hollywood decidiram cortá-lo de suas histórias.
Red Sparrow, suspense que traz Jennifer Lawrence como uma espiã russa, deveria ter Putin como um personagem central, mas a equipe preferiu eliminá-lo da trama."Os estúdios [Fox] estão mexendo na história para refletir o que está acontecendo nos noticiários", afirmaram os produtores ao site The Hollywood Reporter. A intenção é evitar ataques de hackers russos. O projeto será dirigido por Francis Lawrence, que conduziu três filmes da saga Jogos Vorazes.
Algo semelhante ocorreu com Kursk, história real de um submarino russo que afundou em 2000, estrelada por Colin Firth e Léa Seydoux. Putin aparece no livro original que deu origem à história, e constava nas primeiras versões do roteiro. No entanto, seu personagem foi eliminado. "Divulgar um filme em que Putin parece um tolo seria suicídio", afirma o CEO da empresa de segurança Vera, que trabalha com estúdios de cinema. "Com certeza, você seria alvo de retaliação". Kursk tem direção de Thomas Vinterberg (A Caça).
Entre os próximos filmes americanos relacionados à Rússia atual ou ao período soviético, The Hollywood Reporter cita a produção de Mulher-Maravilha 2, The Girl in the Spider's Web, sequência da saga Millennium, e Creed 2.