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    Soundtrack: Antes ‘anônimos’, diretores falam sobre desgaste da ‘imagem’ ao lançar filme com Selton Mello (Entrevista Exclusiva)

    Conversamos com os ‘300ml’. Os dois.

    Soundtrack, que chegou aos cinemas na última quinta-feira, 6, é dirigido por uma dupla de cineastas que se autointitula 300ml. E muito mais não se sabia sobre o duo. Nem mesmo na coletiva de imprensa para divulgar o filme, no início da semana, em São Paulo, eles deram as caras – com o perdão do trocadilho.

    Quando Seu Jorge, um dos atores do longa, faltou ao evento de promoção do filme, Manitou Felipe e Bernardo Dutra foram convocados para substitui-lo. “Eles estão mais para ‘litrão’ do que para ‘300ml’”, brincou um jornalista a respeito da altura dos integrantes da dupla, que passaram a tarde respondendo à(s) pergunta(s) do milhão: Por que 300ml? E qual a razão do (suposto) anonimato?

    Divulgação

    O discurso (ou a resposta) dos publicitários, que haviam realizado um curta, Tarantino´s Mind (2006) com Selton Mello (protagonista de Soundtrack) e o mesmo Seu Jorge – e dirigiram até um anúncio da cerveja Stella Artois para ser veiculado no intervalo de uma cerimônia do Oscar – tem a ver com um diagnóstico que se faz da vida moderna.

    “A gente queria formar um selo e queria um nome que fosse internacional, mas que não fosse em inglês e aí veio a história do ‘300ml’, que [sugere que] tem conteúdo, o que eu acho que é legal, essa brincadeira”, diz um deles (difícil saber quem é quem). “A gente sempre quis que o trabalho fosse realmente o importante. Não era o nosso rosto, se a gente era alto, se era baixo”, complementa os outros “150ml”.

    Reprodução YouTube

    O know-how adquirido com a publicidade, eles garantem, permitiu que o dueto desenvolvesse um outro olhar a respeito de fazer cinema, diferente daquele de quem saiu com o diploma de um curso especializado. “[Com a publicidade] Você fica realmente como uma noção de produção, de logística, de entrega e comprometimento... é uma escola profunda”.

    Em Soundtrack, Selton Mello vive Cris, um fotógrafo que viaja para os confins brancos do Polo Norte com o projeto de retratar a si próprio, por meio de selfies, e exibir o resultado em uma exposição seguinte na qual o espectador poderia ouvir a mesma trilha (daí o título do filme) que o artista ouvia nos momentos dos cliques. Lá, ele é hospedado por um cientista, Mark (Ralph Ineson, de A Bruxa), que enxerga com incredulidade o objetivo do fotógrafo.

    “A gente foi lá para Antártida e a gente passou por isso”, confessam. “Os caras fazendo pesquisas tão bacanas, com resultado para daqui a 40 anos, que vão influenciar todo mundo, e a gente estava fazendo um filme”. Confira os melhores momentos da entrevista no vídeo acima.

     

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