"Quem conta a história no Cinema Brasileiro?". A instigante pergunta é o tema central da 12ª Mostra de Cinema de Ouro Preto, que terá sua abertura oficial nesta quinta-feira, dia 22 de julho. Focada em três pilares fundamentais — história, patrimônio e educação — a CineOP deste ano contará com 76 filmes, com 13 longas, 4 médias e 59 curtas-metragens de 11 estados.
Dirigido por Betse de Paula, o documentário Desarquivando Alice Gonzaga será o filme de abertura do festival mineiro. O filme acompanha a vida dedicada da filha única de Adhemar Gonzaga (1901 - 1978), pioneiro do cinema no Brasil que criou estúdios da produtora Cinédia após trabalhar em Hollywood.
A noite de aberutra, que será realizada no Cine Vila Rica, contará ainda com uma performance musical e com homenagens à montadora Cristina Amaral, que trabalhou com diretores como Carlos Reichenbach e Andrea Tonacci; ao pesquisador, escritor e preservador Antônio Leão da Silva Neto; e ao projeto Vídeo nas Aldeias, fundado pelo diretor Vincent Carelli para incentivar a produção audiovisual entre povos indígenas.
Entre os principais filmes selecionados para a CineOP deste ano estão No Intenso Agora, de João Moreira Salles; Rosemberg – Cinema, Colagem e Afetos, de Cavi Borges e Christian Caselli; Vinte Anos, de Alice de Andrade; e Pitanga, de Camila Pitanga e Beto Brant.
Todas as sessões da CineOP são gratuitas e serão realizadas no Cine Vila-Rica, na Praça Tiradentes e no Centro de Artes e Convenções.
"Preservadores e educadores vêm buscando uma participação maior e mais ativa no que concerne ao diálogo com os pares, com a universidade, com a sociedade e com o Estado, e a CineOP se colocou desde o início como um espaço para a aproximação dos diferentes agentes e para o incentivo de um trabalho em comum, com vistas a uma mudança significativa nas duas áreas", afirmou a coordenadora do evento, Raquel Hallak.