O 6º Olhar de Cinema - Festival Internacional de Cinema vinha apresentando uma safra brasileira de qualidade apenas razoável, em comparação com ótimos filmes internacionais. Mas no último dia da mostra competitiva, um título elevou a qualidade dos representantes brasileiros: o documentário Fernando, sobre o ator Fernando Bohrer. Nas mostras paralelas, A Casa de Lucia e Occidental atraíram sua cota de admiradores e detratores.
Os gestos simples
Para retratar a vida de Fernando Bohrer, o trio de diretores formado por Julia Ariani, Paula Vilela e Igor Angelkorte descartou recursos tradicionais como depoimentos e narração, deixando que o próprio Fernando agisse livremente diante das câmeras. O resultado é um mergulho poético na vida do artista politizado, aliando ações cotidianas a uma construção belíssima de imagens.
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A sociedade é um circo
A comédia francesa Occidental, de Neïl Beloufa, foi um dos filmes mais controversos da seleção de 2017, irritando muitos críticos e espectadores, e gerando uma pequena legião de admiradores. A história se passa no hotel Occidental, onde a tensão entre hóspedes e funcionários aumenta quando diversos grupos sociais se encontram. O filme efetua uma grande sátira aos preconceitos.
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Autorretrato de uma jovem síria
A Casa de Lucia acompanha a jornada de Lucia Luz, jovem síria refugiada no Brasil. Ela volta ao Kuwait, onde mora os pais, e conta um pouco de sua trajetória com uma câmera amadora. O resultado transmite sinceridade, porém deixa a desejar em termos cinematográficos. A direção tem dificuldade em aproveitar o caso da protagonista para efetuar uma reflexão mais ampla sobre o mundo que a cerca.
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Críticas do 6º Olhar de Cinema
A Casa de Lucia
Fernando
Occidental