Após ser banido no Líbano e ser retirado de um festival na Argélia, Mulher-Maravilha teve suas sessões suspensas na Tunísia.
O filme da Warner Bros. teria uma pré-estreia no país do norte do continente africano nesta quarta-feira (7) e depois entraria em cartaz em pelo menos duas salas, mas o lançamento foi embargado após uma associação de advogados mover uma ação contra a estreia do blockbuster estrelado pela atriz israelense Gal Gadot.
Segundo jornais locais, um tribunal tunisiano cancelou todas as sessões de Mulher-Maravilha enquanto analisa a petição dos advogados, que pediram o banimento do longa-metragem no país acusando Gadot de ser uma "defensora do sionismo".
Gadot foi Miss Israel em 2004 e serviu nas Forças de Defesa de Israel por dois anos. Em 2014, após décadas de um longo conflito, Israel liderou uma ofensiva militar contra o Hamas, após ataques de foguetes promovidos pelo grupo palestino. Sequestros e assassinatos de adolescentes de ambos os lados colocaram ainda mais pólvora no conflito. No final das contas, mais de 2.200 (sendo mais de 1.500 civis) palestinos e cerca de 70 (seis civis) israelenses morreram.
Naquele ano, Gadot publicou em sua página oficial no Facebook um texto no qual comenta o conflito, que foi resgatado neste ano em textos de opinião na internet que criticam a postura da atriz. "Mando meu amor e orações para os cidadãos de Israel, especialmente para todos os meninos e meninas que estão arriscando sua vida protegendo meu país contra os terríveis atos do Hamas, que estão se escondendo como covardes atrás de mulheres e crianças… Vamos superar!!! Shabbat Shalom!", disse Gadot na ocasião.