As maiores e mais lucrativas franquias da Disney estão sendo produzidas de modos muito diferentes: enquanto o Universo Cinematográfico da Marvel possui planos muito claros para vários anos a seguir, com a precisão de personagens e histórias além de 2020, a saga Star Wars está se adaptando aos novos episódios filme após filme.
A questão surgiu após uma entrevista da produtora Kathleen Kennedy, dizendo que não tinha definido os passos da nova trilogia enquanto preparava O Despertar da Força com J.J. Abrams: "Nós sentamos e conversamos sobre onde as coisas poderiam ir. Lançamos algumas ideias de roteiro, porque obviamente quando você sabe que está construindo o ritmo dentro da estrutura de uma trilogia, precisamos ter alguma noção de onde a saga iria, mas sem definir as coisas, deixando espaço para o desenvolvimento criativo".
A construção das próximas histórias parece um pouco vaga, algo confirmado por Rian Johnson, diretor de Star Wars - Os Últimos Jedi, via Twitter: "Quando vieram conversar comigo, não existia nenhuma história mapeada depois de O Despertar da Força".
Há contradições, no entanto. Na época do falecimento de Carrie Fisher, Kennedy afirmou que não precisaria alterar a trilogia, já que "o roteiro não estava escrito". Um mês depois, garantiu que o Episódio IX "teria sido o filme de Fisher". Vale lembrar que a General Leia tem presença confirmada em Os Últimos Jedi, pois todas as cenas tinham sido gravadas antes da morte da atriz.
Alguns leitores reagiram negativamente à indefinição ("Agora estou preocupada!", escreveu uma seguidora), mas Johnson brincou com o assunto: "Nós vamos superar isso juntos!". O fato é que, mesmo sem uma história predefinida, o Episódio VII foi um grande sucesso de crítica e público, e o primeiro spin-off, Rogue One, obteve resultados muito expressivos. Seria improvável que a Lucasfilm e a Disney descuidassem de uma das franquias mais queridas e lucrativas da história do cinema.
Resta esperar por Star Wars - Os Últimos Jedi, dia 14 de dezembro, para ver o resultado.