O que faria com que alguém, aos 80 anos e uma carreira consagrada, decidisse se arriscar numa função inédita até então?
Se a pessoa em questão chama-se Vanessa Redgrave, o motivo nada mais poderia ser do que causas sociais. Militante por natureza e com um longo histórico de defesa aos direitos humanos, a vencedora do Oscar de melhor atriz em 1978, por Julia, resolveu sentar na cadeira de diretor(a) para apontar o dedo para a Inglaterra, em relação ao modo com conduz a questão dos refugiados. O resultado é o documentário Sea Sorrow, exibido fora de competição no Festival de Cannes.
Com várias comparações ao histórico do país durante a Segunda Guerra Mundial e até mesmo nos tempos de William Shakespeare, no século XVII, o longa-metragem é repleto de boas intenções, mas carece de um conteúdo mais aprofundado e abrangente. Confira a crítica do AdoroCinema!
Após a recepção morna do filme de abertura, Les Fantômes d'Ismael, Sea Sorrow recebeu apenas aplausos protocolares, mais em reconhecimento ao esforço da atriz-diretora do que propriamente por sua qualidade.