Power Rangers terá a primeira protagonista LGBTQ em um filme de super-herói, uma barreira que ainda não tinha sido quebrada em Hollywood: a Ranger amarela, Trini (Becky G).
No reboot da Lionsgate, inspirado na famosa série de TV dos anos 90, há uma cena na qual os heróis descobrem que a Ranger amarela está questionando sua orientação sexual. Um personagem assume que Trini está tendo "problemas com namorado", e logo percebe que talvez ela esteja tendo "problemas com namorada". É um momento pequeno, porém, "fundamental" para o filme todo, revelou o diretor Dean Israelite em entrevista ao The Hollywood Reporter.
"Para Trini, ela está realmente questionando sobre quem é", continuou Israelite. "Ela não descobriu totalmente ainda. Acho que o que é ótimo sobre aquela cena e o que aquela impulsiona para o resto do filme é 'Está tudo bem'. O filme está dizendo 'Está tudo bem', e todos os jovens têm que reconhecer quem são e encontrar sua tribo."
O ator David Yost, que interpretou o Ranger azul na série dos Power Rangers em 1990, revelou estar empolgado com a revelação da sexualidade da Ranger amarela no novo filme. "Eles realmente estão assumindo a responsabilidade", disse Yost. "Acho que tantas pessoas na comunidade LGBTQ vão ficar entusiasmadas por ver essa representação". Yost é homossexual e enfrentou assédio nos anos 90 por conta de sua orientação sexual, deixando a série em decorrência disso. Ele não será um dos atores originais a participarem do filme.
A representação LGBTQ em histórias de super-herói já aconteceram nos quadrinhos, nas HQs de Mulher-Maravilha, Mulher-Gato, Arlequina, Homem de Gelo, por exemplo, mas ainda não foram transportadas para as telonas. Na televisão, o progresso foi maior. Na série Supergirl, a personagem Alex (Chyler Leigh) é abertamente homossexual.
Power Rangers chega aos cinemas na próxima quinta-feira (23).
