Na manhã de 9 de março, jornalistas foram convidados pela Paramount Pictures a assistir trechos de A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell. Foram apenas treze minutos, bem escolhidos para impressionar a plateia.
O diretor da empresa, César Silva, mostrou-se confiante: "Estamos lançando uma nova franquia", afirmou, antes de dizer que esperava a chegada do segundo filme, o terceiro, o quarto... Silva também explicou o título nacional, que desagradou alguns fãs do mangá. A combinação de Ghost in the Shell com A Vigilante do Amanhã teria sido adotada para popularizar a história e levar "3 milhões de pessoas aos cinemas", além de ressaltar a presença de uma protagonista feminina.
Intenções à parte, o trecho exibido à imprensa expandia as principais cenas do trailer. A maior parte das imagens correspondia à criação da ciborgue Mira (Scarlett Johansson), numa sequência construída de maneira elegante, quase publicitária, ao conceber uma tecnologia futurista.
O filme deve ter como principal atrativo os efeitos digitais, por trabalhar com cenários e ações existentes apenas num contexto fantástico. As cenas geram a impressão de um mundo inteiramente virtual, sem materialidade. Apesar do risco de excessos, o resultado agradou pela criação de uma atmosfera própria, com sua cidade sombria, banhada em neons e hologramas, e pela sofisticada cena de ação durante um jantar. Ainda não se sabe se a presença de uma atriz americana no lugar de uma japonesa se justifica, mas o projeto faz questão de incluir diálogos misturando inglês e japonês entre Mira e Daisuke Aramaki (Takeshi Kitano).
Para saber se a trama será bem desenvolvida, e se a qualidade da imagem permanece no resto da projeção, só assistindo ao resultado completo, a partir de 30 de março nos cinemas. Mas o aperitivo de A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell serviu para deixar a imprensa empolgada, incluindo fãs ardorosos do mangá.