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    Governo prepara novo imposto sobre serviços de streaming e espera lucrar R$ 300 milhões até 2022 só da Netflix

    Condecine ou nova legislação baseada nos lucros das empresas de streaming são as medidas estudadas pelo governo Michel Temer.

    Netflix, seu presidente Reed Hastings e todas as empresas de streaming que atuam no Brasil têm a lamentar pelas medidas de Michel Temer. Depois da tentativa das operadoras em cobrar pelo uso de dados e da aprovação do ISS no fim de 2016, uma nova taxa é estudada pelo governo brasileiro. Segundo o UOL, há duas possibilidades.

    A Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional, conhecida como Condecine, é a primeira alternativa. A taxa cobrada pela Agência Nacional do Cinema (Ancine) seria de R$ 7.291 por cada produto estrangeiro com duração superior a 50 minutos. Os episódios de séries internacionais custariam cerca de R$ 1.822. Sobre os produtos nacionais, a taxa seria bem menor: R$ 1.458 e R$ 364, respectivamente.

    A Condecine, paga pelas produtoras de conteúdo a cada cinco anos, é alvo de discussão jurídica sobre sua legalidade. Caso o imposto sobre serviços de streaming seja aprovado pela Ancine, a estimativa (conservadora) é de uma arrecação superior a R$ 300 milhões até 2022 somente da Netflix. YouTube, Spotify, HBO, Amazon e outras empresas estrangeiras também seriam alvo da cobrança.

    A outra alternativa, segundo Ricardo Feltrin, é a criação de uma nova legislação tributária. A taxa, também destinada à Ancine, poderia variar entre 3% e 8% sobre o lucro anual das empresas de streaming no Brasil. Como o faturamento da Netflix no país gira em torno de R$ 1,1 bilhão, e seus custos de operação no país são baixos, a empresa renderia R$ 90 milhões anuais aos cofres federais sob a taxação de 8%.

    A nova taxa sobre as empresas de streaming deve ter desdobramentos em breve. A aprovação de uma dessas medidas impactaria — como sempre — no bolso dos consumidor, dado o repasse de custo no valor da assinatura desses serviços.

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