Deadpool e seu grande sucesso foram vitais para Logan também ser realizado como um filme 18 anos. Mas, se Ryan Reynolds e Tim Miller perturbaram a Fox para convencê-la dessa quebra de paradigma, Hugh Jackman e James Mangold chegaram a irritar o estúdio com seus planos de transformar o capítulo final do Wolverine num típico western.
"Lá dentro, havia uma consternação real a respeito da intensidade do tom do filme, [que] é como uma elegia sobre a vida e a morte", conta a presidente da 20th Century Fox Film, Stacey Snider, à Variety. "O paradigma disso era o faroeste, e meus colegas ficaram irritados. Não se trata daquele Wolverine divertido, atlético, de barba mutton e fumando charuto", ela revelou, citando as características principais, porém mais superficiais do mutante.
A Fox, portanto, encarou com pessimismo a ideia de um Wolverine menos estereotipado, que não fosse o violento porém carismático que nos habituamos ver, "e o debate internamente se tornou: isso não é muito chato?". Outra pergunta dos executivos, segundo Stacey Snider, foi: "Será excitante imaginar o Wolverine como um cara de verdade, cansado da vida, que não quer lutar mais até que uma menina precisa dele?"
Esta questão, mais contextualizada com a trama de Logan, parece ter sido o pontapé inicial para Jackman e Mangold convencerem os executivos do estúdio. E é aquela: Christopher Nolan fez da Trilogia do Cavaleiro das Trevas a mais icônica dos filmes de super-heróis justamente por quebrar o paradigma. O Wolverine é o personagem perfeito para se tentar isso no Universo X-Men da Fox.
Logan estreia em breve, enfim!, no dia 2 de março.