O filme Kung Fu Yoga, estrelado por Jackie Chan, é o resultado de um acordo foi firmado entre China e Índia em 2014 para fazer coproduções cinematográficas. Só que o longa está enfrentando uma onda de críticas por perpetuar estereótipos ultrapassados e ofensivos indianos.
O objetivo do filme era "casar as tradições cinematográficas" dos dois países, entretanto, o tiro parece ter saído pela culatra. Enquanto a produção está sendo bem recebida na China, tem recebido duras críticas na Índia, especialmente depois que a produtora indiana Viacom18 Motion Pictures saiu do projeto em 2015 alegando que "as coisas não saíram como planejado".
De acordo o site Daily O (via The Guardian), o longa "afirma os estereótipos da China sobre a Índia", e o The Wire o descreve como uma "série de falhas, vestindo inautenticidade em suas mangas como um emblema de honra", enquanto o Mid-Day afirma que é "desi exotica — estrelando encantadores de serpentes e o grande truque de corda indiana".
Muitos críticos ainda apontaram que alguns diálogos de Kung Fu Yoga parecem uma propaganda do governo chinês, já que um oficial pede ao personagem de Chan que ajuda a "iniciativa Belt and Road", um plano econômico pan-asiático de grande escala que busca consolidar a dominação regional chinesa.
Kung Fu Yoga é uma comédia de ação dirigida por Stanley Tong, que trabalhou com Jackie Chan em Arrebentando em Nova York. A produção segue um professor de arqueologia (Chan) que se une a uma professora indiana (Amyra Dastur) e uma assistente (Disha Patani) para localizar um tesouro no Tibete, mas acabam presos no local por um descendente de um capitão do exército real (Sonu Sood).
Recentemente, Jackie Chan também foi homenageado por sua equipe de dublê, a JC Stunt Team, em um quadro de um programa de TV chinês, no estilo Arquivo Confidencial do Faustão. O ator, que tem mais de 50 anos de carreira, não resistiu e foi às lágrimas. Assista, em chinês com legendas em inglês: