Donald Trump se elegeu presidente dos Estados Unidos movido por um slogan que prometia fazer a América "grande novamente", mas para Arnold Schwarzenegger — e para os milhões de opositores do presidente mais impopular a chegar à Casa Branca nos últimos 40 anos — o magnata por ser um verdadeiro exterminador do futuro do país.
Schwarzenegger, astro do cinema de ação e ex-governador da Califórnia pelo Partido Republicano (o mesmo de Trump), respondeu a provocação feita pelo presidente dos EUA durante o National Prayer Breakfast (Café da Manhã de Orações Nacional, em inglês), realizado em Washington na última quarta-feira (1). Na ocasião, Trump mostrou-se incomodado por Schwarzenegger ter comentado seu controverso veto presidencial à imigração de cidadãos de sete países de maioria muçulmana.
Ao invés de debater ideias, Trump partiu para o ataque pessoal. "Contrataram um grande astro do cinema, Arnold Schwarzenegger, para ocupar o meu lugar e já sabemos no que deu", afirmou o presidente em alusão ao fato do ator de O Predador tê-lo sucedido na apresentação do reality show O Aprendiz. "A audiência caiu. Mark [Burnett, produtor do programa de TV] nunca mais voltará a apostar contra Trump. Eu queria rezar por Arnold e, se possível, por essa audiência", que ainda disse que a contratação de Arnie foi um "desastre completo".
Pouco tempo depois da fala de Trump ganhar as manchetes, Schwarzenegger publicou um vídeo no Twitter onde faz dá uma resposta sucinto para Trump. "Oi, Donald, tenho uma grande ideia: por que não trocamos de cargo? Você se encarrega da TV, porque é um especialista em audiência, e eu faço o seu trabalho. E, assim, a gente poderá enfim voltar a dormir tranquilamente", disse Schwarzenegger.
Não foi a primeira vez que Trump debochou de Schwarzenegger e recebeu uma resposta à altura. Em janeiro deste ano, o presidente disse ser uma "máquina de audiência" quando apresentava O Aprendiz e afirmou que o ator tinha sido "destruído". Como resposta, Schwarzenegger publicou um tweet pedindo que Trump, que na época ainda não tinha sido empossado, "trabalhe para TODOS os americanos de uma maneira tão agressiva quanto trabalhou pela sua audiência".
Em novembro do ano passado, passados dois dias da polarizante eleição presidencial dos Estados Unidos, o ator publicou na internet um vídeo onde cita "um de seus heróis", o presidente Abraham Lincoln (1809 - 1865), e lê um discurso conciliador, em um contraste com as declarações bélicas de Trump. "A campanha acabou, a eleição passou e nós não somos inimigos. Nós somos a vizinhos, somos amigos, e, mais importante, somos americanos."