Roman Polanski não será mais presidente de cerimônia do César 2017. O motivo é previsível: sua trajetória de vida controversa, marcada pela sentença por abuso sexual de uma garota de 13 anos, em 1978. Desde então, o diretor e roteirista polonês vive na França, sem perigo de extradição. Porém, não alheio às críticas de militantes franceses.
Segundo o THR, a organização Osez le Feminisme! tratou o convite do "Oscar francês" ao cineasta como "nauseante". "A indicação de Roman Polanski é um ato ultrajante às muitas vítimas de estupro e abuso sexual", declarou o grupo, ressaltando que "a qualidade de sua filmografia tem pouco a ver com o crime que ele cometeu, sua fuga e recusa em assumir suas responsabilidades".
Em represália, o movimento feminista planejava um protesto no tapete vermelho da cerimônia e o boicote de sua transmissão televisiva pelo CanalPlus. O Osez le Feminisme! também lançou uma petição no Change.org que já soma mais de 60 mil assinaturas — o que teria "entristecido profundamente" Roman Polanski e provocado a sua desistência.
O César 2017 acontecerá no dia 24 de fevereiro.