Dois filmes marcados pela presença magnética de suas protagonistas, que interpretam personagens femininas alheias a estereótipos, foram os melhores de 2016, de acordo com a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine).
Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, foi o vencedor do prêmio de melhor longa-metragem brasileiro enquanto Elle, de Paul Verhoeven, foi eleito o melhor longa metragem estrangeiro pela Abraccine. O prêmio de melhor curta-metragem ficou com Estado Itinerante, de Ana Carolina Soares.
Estrelado por Sônia Braga, Aquarius concorreu à Palma de Ouro no Festival de Cannes e foi premiado em diversos festivais internacionais. A atuação de Braga, celebrada como o "retorno da grande dama do cinema brasileiro" pela revista Rolling Stone americana chegou a incluir a atriz entre as cotadas a uma indicação ao Oscar meses atrás.
O suspense Elle, produção francesa estrelada por Isabelle Huppert, também foi exibido no Festival de Cannes do ano passado e traça uma trajetória vencedora em premiações internacionais. Premiado no Satellite Awards, Gotham Awards e em dezenas de associações de críticos, Elle ganhou força para o Oscar após Huppert vencer o prêmio de melhor atriz em drama e o filme ser laureado como melhor filme estrangeiro no Globo de Ouro.