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    ‘Estava louco para fazer alguma coisa que meus filhos pudessem assistir’, diz Juliano Cazarré, do set de Pluft, O Fantasminha

    Clipe da banda Portshead serviu de inspiração para ‘estética’ dos fantasmas, que serão filmados embaixo d´água, adianta diretora.

    Em 1975, “Pluft, O Fantasminha” entrava para a história do audiovisual nacional como a primeira produção infanto-juvenil em cores da TV brasileira. Agora, o texto clássico de Maria Clara Machado está sendo rodado novamente, desta vez para o cinema, e promete fazer história de novo. Por quê? Porque é o primeiro filme nacional infanto-juvenil feito em 3D.

    Por conta do enredo de fantasia, a diretora Rosane Svartman justifica a opção pelo formato tridimensional: “A gente achou que tinha a ver um mergulho sensorial no filme”. Sobre a aparição dos fantasmas, ela adianta que “a gente vai rodar embaixo d´água”, numa técnica inédita no cinema nacional.

    A inspiração para o “mergulho” (literal) veio, por sugestão do diretor de fotografia, Dudu Miranda, de um videoclipe do Portshead, da música “Only You”, que pode ser conferido abaixo. (Embora Rosane não tenha se lembrado do nome da banda no dia das filmagens, recuperamos a informação com a assessoria de imprensa).

    Na peça original, publicada em 1955, Pluft é um fantasminha camarada que vive há anos com a mãe em uma velha casa. Seu grande conflito é que ele morre de medo de pessoas. Um belo dia, recebe a “visita” da menina Maribel – que, por sua vez, tem pavor de fantasmas –, quando ela é sequestrada pelo temido pirata Perna-de-Pau.

    “A mensagem é muito atual, que é você ter medo do que é diferente, e como o afeto pode vencer esse medo”, justifica a realizadora, que escolheu sua Maribel entre cerca de 250 meninas. Sobre o processo de seleção da protagonista, Svartman é taxativa: “Quando você trabalha com criança, não busca uma graaande atriz, busca alguém que saiba brincar muito bem daquele papel”. Lolla Belli, a felizarda, revela que se sentiu como “um pássaro silvestre” quando soube da escalação.

    Para construir o “vilão” Perna de Pau, Juliano Cazarré apelou para o inconsciente coletivo. “A brincadeira é essa: fazer um pirata que dá medo, mas que também não aterroriza, é patético, às vezes”, diz o ator, acostumado com o cinema realista de produções como Boi NeonO Lobo Atrás da Porta, Serra Pelada. “Estava louco para fazer alguma coisa que meus filhos pudessem assistir. Só faço uns filmes rock´n´roll”, brinca.

    Pluft, O Fantasminha tem previsão de estreia somente para o início de 2018.

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