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    Visitamos Skull Island, nova atração baseada em King Kong, nos parques da Universal em Orlando!

    Já disponível aos visitantes.

    Imagine adentrar numa ilha misteriosa, repleta de seres gigantes e perigosos, tendo que resgatar os tripulantes de uma missão desaparecida. Este é o desafio de Skull Island, grande novidade de 2016 nos parques da Universal em Orlando, já disponível para todos os visitantes.

    Inspirada no clássico King Kong, a atração visa proporcionar ao visitante uma experiência de imersão pela Ilha da Caveira. A ambientação começa já na fila de espera, graças ao ambiente soturno estimulado por sons tribais e pela presença de bonecos animatrônicos e pessoas fantasiadas. O alerta sobre os perigos do local segue através da narração do condutor do veículo, já durante o passeio, refletindo a surpresa com o exibido e também o pânico em escapar dali o quanto antes.

    Bastante divertido, Skull Island impressiona pelo gigantismo e pela qualidade gráfica. Através de um veículo com cerca de 50 pessoas, que balança de acordo com o que acontece no passeio, o público não apenas encontra a missão desaparecida, como ainda descobre seres pitorescos do local - alguns tão grandes quanto o próprio Kong. O macacão, é claro, tem uma participação bem especial!

    A ação de Skull Island é retratada principalmente através de imensas telas de alta qualidade, localizadas em ambos os lados do veículo. Este é um aspecto interessante da atração: por mais que a própria dinâmica conduza o visitante a olhar numa direção, há bastante acontecendo no outro lado. Desta forma, o único meio de saber por completo o que acontece é indo duas vezes (e se forçando a olhar para o lado oposto em certos momentos, é claro!).

    Após conferir (duas vezes!) Skull Island, o AdoroCinema pôde conversar com o criador da atração, Mike West, que revelou quais foram as referências cinematográficas utilizadas, dentre as três versões de King Kong já lançadas, e ainda sobre os principais desafios enfrentados para que a atração saísse do papel.

    Quais são as referências que vocês trouxeram dos filmes anteriores, como o de Peter Jackson e os feitos nas décadas de 30 e de 70?

    Mike West: O primeiro filme foi lançado em 1933 e dele trouxemos algumas referências para um dos personagens. Um dos condutores da atração é o Will Denham. Ele é um dos cinco motoristas que temos e é sobrinho de Carl Denham, o homem que liderou a primeira expedição à ilha. Há esta referência.

    Nós nos inspiramos muito no visual e no design do filme de Peter Jackson. Temos uma área de 14 mil metros quadrados de rochas construídas para essa atração. É tudo feito à mão, não há nenhum pedaço de rocha ou pedra fabricado nesta área. É incrível o que os nossos artistas fizeram. Nós tivemos algumas reuniões com Peter Jackson para discutir o visual e o ambiente da ilha, vimos o filme dele algumas vezes. A partir daí, desenvolvemos nosssa própria história para a atração.

    A atração não é relacionada ao novo filme, Kong: A Ilha da Caveira?

    MW: Não, não há nenhuma relação entre o filme e a atração.

    Como vocês planejaram a atração para ser interessante para todas as faixas etárias?

    MW: Nós temos algumas limitações, é claro, como um limite de altura, mas desenhamos a atração para ser para toda a família. Então, não há nenhum cinto de segurança separando os membros da família, todos podem andar juntos nos veículos. Não queremos separar as pessoas, elas já ficam separadas nas filas. Acho que a nossa atração tem mais apelo para visitantes mais velhos ou para as pessoas que conhecem os filmes, mas como ela também representa uma nova geração para King Kong, nosso objetivo é introduzir novas pessoas a este mundo.

    O que esta atração tem de diferente, em relação às demais?

    MW: Esta atração traz o primeiro sistema sem trilhos e isso foi muito importante para começarmos a narrar a história da atração para as pessoas desde o momento em que elas estão na fila. Conforme as pessoas vão avançando pela ilha, elas atravessam espaços pequenos e espaços largos, algo que fizemos de propósito porque queríamos "bombear" os visitantes para o interior da experiência, da atração.

    Construímos a área de espera como se fosse um coração e os caminhos que levam os visitantes até o início da atração são as veias que levam a esse coração. Então, quando você chega na área de início, já imerso na atração, você não quer ver os trilhos. Não queríamos estragar a diversão, não queríamos que as pessoas chegassem no início da atração para lembrarem que é só mais um brinquedo de um parque de diversão. Sem os trilhos, isso permite que o público simplesmente entre nos veículos da atração e aproveite a aventura através da Ilha da Caveira. Esse sistema é um dos diferenciais.

    Outra coisa é que criamos um caminho seguro para esta atração. Normalmente, em uma atração desse tamanho, quando temos chuva muito forte ou raios temos que interromper o funcionamento. Isso afeta a experiência das pessoas, elas têm que esperar as condições melhorarem e às vezes nem entram no brinquedo. No nosso caso, nós simplesmente baixamos uma porta e a atração continua funcionando. Você perde o contato com o exterior, mas a experiência da ilha é mantida. Esse também é um diferencial bastante importante.

    Aqui, nós também incluímos atores de verdade na fila, algo muito popular durante as noites de Halloween nos parques. É a primeira vez que isso é feito e esse fator também altera a experiência e traz vida à nossa história. Nós tentamos inovar em muitas coisas nesta atração, tanto em aspectos pequenos quanto em aspectos grandes.

    Quantas pessoas trabalharam na atração?

    MW: Acho que chegamos a ter 300 pessoas trabalhando ao mesmo tempo para construir a atração, além de toda a equipe reunida para chegar até esse pico.

    Quais são os desafios ao criar uma atração como essa?

    MW: A escala do projeto. A palavra que eu usaria para definir esta atração seria "enorme". Essa palavra é como o sobrenome da atração agora. Tudo nesta atração é enorme, o cenário tem quase 25 metros, o veículo da atração tem quase 13 metros de comprimento, 4 metros de altura e 3 de largura, comporta até 230 quilos. Há o tamanho do King Kong que criamos, uma das maiores e mais avançadas criaturas já criadas. Além disso, o tamanho da história e das telas da atração é gigantesco. A ideia era criar uma atração maior que a vida e fazer com que os visitantes tivessem uma relação intimista com a história e com os cenários, apesar do tamanho do projeto.

    O AdoroCinema viajou a convite da Universal Orlando.

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