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    Festival de Gramado 2016: Comédia com Sophie Charlotte tem American Pie como inspiração

    Dois jovens fracassados querem experimentar sexo, bebidas e drogas.

    A penúltima noite da mostra competitiva do 44º Festival de Gramado trouxe, excepcionalmente, três filmes novos ao público: uma comédia nacional e dois dramas latinos de temática gay.

    Como ser solteiro

    Tamo Junto, de Matheus Souza, traz a união de dois amigos fracassados: Felipe (Leandro Soares) acaba de terminar um namoro e não encontra mulheres interessadas nele, enquanto o nerd Paulo Ricardo (interpretado pelo diretor) sonha em perder a virgindade.

    A inspiração evidente encontra-se em comédias americanas como American Pie e Porky's, numa narrativa que também faz citações a séries, games e memes da Internet. Leandro Soares e Sophie Charlotte formam uma dupla de boa sintonia em tela, embora as piadas insistentes do roteiro sejam um pouco cansativas.

    Leia a nossa crítica.

    O gay idoso, os gays românticos

    Em virtude de algumas mudanças na programação, a mostra latina exibiu na mesma noite dois dramas de temática gay. Las Toninas Van al Este, de Veronica Perrotta e Gonzalo Delgado, traz o encontro entre um senhor idoso, gay assumido e extravagante, com a filha problemática que não o visitava há anos. Apesar de alguns clichês de produções independentes e de uma atuação fraca da diretora no papel principal, o resultado é eficaz e comovente. Leia a nossa crítica.

    Esteros, de Papu Curotto, adota o estilo dos romances mais convencionais através da trama de dois homens apaixonados desde a infância, mas separados quando um deles se muda para outro país. Anos depois, se reencontram e o amor dos dois surge novamente, mesmo que um dos dois esteja prestes a se casar com uma mulher. A narrativa é previsível e cheia de conveniências, prejudicando a verossimilhança. Esta é mais uma escolha questionável da mostra latina em Gramado. Leia a nossa crítica.

    Dona Flor e o Diabo

    Os dois curtas-metragens da noite trouxeram atores consagrados às telas de Gramado. Rosinha, de Gui Campos, apresenta um curioso triângulo amoroso entre Maria Alice Vergueiro, Andrade Júnior e João Antônio, todos os três preocupados com a mortalidade. A trama, espécie de releitura de Dona Flor e Seus Dois Maridos, é simples e repleta de ternura, mas precisaria de mais tempo para se desenvolver, parecendo comprimida demais nos quatorze minutos de duração.

    O Que Teria Acontecido ou Não Naquela Calma e Misteriosa Tarde de Domingo no Jardim Zoológico, de Gugu Seppi e Allan Souza Lima, traz o encontro entre um homem frustrado (Daniel Dantas) e uma estranha figura que passa a segui-lo. O filme é marcado por estranhamentos, como a sugestão de que o intruso na conversa seja, de fato, um ser sobrenatural levando o protagonista a cometer um crime. A conclusão em aberto pode frustrar alguns espectadores, mas a obra é eficaz na construção do suspense.

    No dia 2 de agosto serão exibidos os últimos longas-metragens da mostra competitiva: o brasileiro Barata Ribeiro 716 e o chileno Sin Norte

    Críticas dos filmes do Festival de Gramado 2016

    Aquarius

    Assistência Domiciliar

    Campaña Antiargentina

    Carga Sellada

    Desvios

    El Mate

    Elis

    Espejuelos Oscuros

    Guaraní

    Mammal

    O Roubo da Taça

    O Silêncio do Céu

    Las Toninas Van al Este

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