Hollywood terá que se podar ainda mais se quiser continuar faturando (muito!) na China. Segundo o The Guardian, o órgão governamental que regula a exibição de filmes e séries no mercado chinês será mais rigoroso em suas diretrizes. Em termos gerais, a proibição diz respeito às obras que promovam o "estilo de vida ocidental", como hedonismo e outras formas de culto a valores "vulgares".
"Eles também devem evitar colocar estrelas, bilionários ou celebridades de internet em pedestais; ou sensacionalizar relacionamentos, casos privados e disputas familiares", instrui o documento. "Além disso, os produtos sociais e de notícias de entretenimento não devem promover a fama de um dia pro outro, desfile de riqueza ou hedonismo, egoísmo e intriga."
O objetivo é claro: filmes e séries televisivas exibidos na China "devem ser repletos de ideologias convencionais e 'energia positiva'". Licenças podem ser revogadas se os exibidores burlarem o código moral previsto na diretriz.
Nos próximos meses, uma nova lei no âmbito cinematográfico, cujo projeto está sob revisão, deverá ser submetida. O esboço da legislação exige duas coisas principais dos profissionais de cinema do país: "excelência em habilidades profissionais e integridade moral"; e busca pelos "valores centrais socialistas".