Se você acha que dez segundos é o tempo de duração de um vídeo do Snapchat... ok, você tem razão. Mas não é só isso! 10 Segundos é também o nome da cinebiografia do boxeador Éder Jofre, que tem previsão de lançamento no primeiro semestre do ano que vem, e foi rodado no Rio de Janeiro.
Mas... por que raios o filme se chama 10 Segundos? É o que fomos descobrir visitando o set da produção dirigida por José Alvarenga Jr. (Os Normais) no clube Casa das Beiras, na Tijuca, bairro da Zona Norte da cidade, no final de julho. O local simulava o bailinho do Peruche, em São Paulo, onde o esportista, vivido por Daniel de Oliveira, conhecia sua futura esposa, Cida (Keli Freitas), um casamento que durou 53 anos, como explica o cineasta, até o falecimento dela.
“É a história de um cara que veio de uma classe muito desprivilegiada, com uma impossibilidade de acesso social e que, através do talento e de uma disciplina muito férrea, conseguiu chegar no topo do mundo”, justifica Alvarenga, sobre o bicampeão mundial de boxe.
Divulgação
“Como toda narrativa, a gente tem que evitar o [longo período que vai] ‘do feto ao túmulo’. Quando você faz isso, vai ter um filme ruim”, ele acredita. E completa: “O que a gente pegou foi o recorte que vai de 1947, quando ele tem dez anos de idade e começa a perceber o mundo do boxe, e vai até 1973 quando conquista, pela primeira vez, o [título de] peso pena”.
Aos 80 anos, o próprio Éder vai fazer uma participação no filme, como uma espécie de mestre de cerimônias que abre o espetáculo para o público, logo no início, dizendo o que são dez segundos na vida de um boxeador.
Daniel ainda detalha o insight que teve quando “decidiu” interpretar o pugilista; e Annabelle Keli conta um pouquinho da própria preparação: “A minha preocupação maior foi encontrar com a família do Éder e tomar um café”.
O filme ainda tem no elenco Osmar Prado como Kid Jofre, pai e treinador de Éder, e Sandra Corveloni como a mãe. Confira a cobertura completa no vídeo acima.
Arquivo pessoal Éder Jofre