Foi anunciada na madrugada de 16 de agosto a morte de Elke Maravilha, aos 71 anos, vítima de uma falência geral de órgãos após operar de uma úlcera.
Nascida na Rússia em 1945, Elke Georgievna Grunnupp muda-se desde jovem para o Brasil. Por falar nove línguas fluentemente, trabalha durante muitos anos como professora de idiomas, tradutora e intérprete, antes de iniciar uma bem-sucedida carreira de modelo.
Ainda nas passarelas, começa a estudar cinema e teatro, conquistando papéis na televisão ao lado de Chacrinha. Pela personalidade expansiva e revolucionária, engaja-se em manifestações artísticas contra a ditadura militar, sendo presa em 1971 e perdendo a nacionalidade brasileira.
A partir deste momento, passa a inovar na aparência e adotar discursos progressistas, favoráveis à pluralidade sexual e ao aborto. Participa de projetos que vão desde o Movimento de Arte Pornô até os papéis no cinema em filmes importantes como Xica da Silva (1976) e Pixote, a Lei do Mais Fraco (1981). Também atua em peças de teatro, minisséries e telenovelas.
Recentemente, Elke se apresentava em vários Estados com o espetáculo Elke Canta e Conta, e participou de filmes populares como Mato Sem Cachorro (2013), Meu Passado Me Condena (2013) e Carrossel 2 - O Sumiço de Maria Joaquina (2016), ainda em cartaz.