"Não tenho dúvidas que acontecerá", declarou um executivo da Sony em 19 de julho sobre a sequência de Caça-Fantasmas. Empolgado com os US$ 46 milhões da estreia nos Estados Unidos, ele deve ter esquecido - ou talvez nem conheça - aquele ditado que fala em não colocar a carroça na frente dos bois. Menos de um mês depois, o filme de Paul Feig ficou em nono no último fim de semana e se prepara para deixar o Top 10 de bilheterias dos Estados Unidos com US$ 117 milhões no acumulado. É pouco para um longa que custou US$ 144 milhões e investiu praticamente o mesmo valor em publicidade.
Caça-Fantasmas, que até o momento arrecadou R$ 1,2 milhão nos cinemas brasileiros, tem US$ 180 milhões mundialmente, mas ainda não foi lançado na França, México, Japão, Espanha e Bélgica e não terá vez na China por conta da temática fantasmagórica. Segundo especialistas consultados pelo THR, dificilmente a comédia irá além de US$ 225 milhões. US$ 300 milhões neutralizariam os gastos e o diretor Feig disse em entrevistas que Caça-Fantasmas 2 só receberia sinal verde caso fosse ultrapassada a barreira dos US$ 500 milhões. Negado por representantes do estúdio, o prejuízo estimado em US$ 70 milhões pode ser amenizado levando em conta um parque temático que será lançado em Dubai, uma atração especial no museu Madame Tussauds e as bonecas vendidas, mas ainda assim o produto não pode ser considerado um sucesso. Os Caça-Fantasmas, que custou US$ 30 milhões, ganhou US$ 295 milhões em 1984.
Aproveitando o renascimento da franquia, a Sony deverá investir agora num longa animado, previsto para 2019, e no desenho para a TV Ghostbusters: Ecto Force, que vai estrear no ano que vem. Ivan Reitman, diretor do original, conduz os projetos via Ghost Corps.
De acordo com rumores, Melissa McCarthy, Kristen Wiig, Leslie Jones e Kate McKinnon têm contrato para mais dois filmes. Será que não veremos o retorno de Zuul?
