Depois do bom selvagem criado na literatura de Edgar Rice Burroughs ter figurado em mais de 200 filmes, incluindo a clássica animação da Disney, o personagem Tarzan ganha uma nova encarnação na pele de Alexander Skarsgård, estrela de A Lenda de Tarzan. O filme dirigido por David Yates (diretor de quatro filmes da franquia Harry Potter e do ainda inédito Animais Fantásticos e Onde Habitam) é a maior estreia desta quinta-feira nos cinemas brasileiros.
A Lenda de Tarzan abre em 840 salas, sendo 555 delas no formato 3D e 12 no circuito IMAX. Na trama, Tarzan é um menino branco e órfão que é criado na selva africana. Anos mais tarde, já aduto, ele é levado para viver na cidade de Londres dos anos 30 com sua esposa Jane (Margot Robbie), até que uma missão o fará voltar para seu habitat natural.
O principal destaque nacional em número de salas é a comédia Entre Idas e Vindas, que ocupa 283 telas do circuito. Com ares de road movie, o longa-metragem traz Ingrid Guimarães, Alice Braga e Fabio Assunção no elenco. Na trama, um grupo de mulheres encontra um pai (Assunção) e seu filho (João Assunção), que estão ao relento numa estrada após o carro que eles ocupavam enguiçar. A partir daí, o grupo inicia uma nova jornada marcada por um romance.
A comédia policial Dois Caras Legais, que homenageia os filmes do gênero produzidos nos anos 70, traz a direção de Shane Black (Homem de Ferro 3, Beijos e Tiros) acompanha os tiras interpretados por Russel Crowe e Ryan Gosling, que precisam resolver um caso de sequestro da filha de uma funcionária do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Estreia em 215 salas.
Chocolate, comédia francesa estrelada por Omar Sy, chega a 55 salas de cinema. No filme, o ator de Os Intocáveis interpreta o cubano Rafael Padilha, o primeiro negro a ganhar destaque no mundo das artes circenses na França do século XIX.
Da mesma diretora do aclamado Que Horas Ela Volta?, o drama Mãe Só Há Uma desponta em 46 salas. Na trama, inspirada em fatos reais, a cineasta Anna Muylaert apresenta a história de um jovem rapaz que, em meio a todos os dilemas existenciais da adolescência, é tragado para um turbilhão emocional ainda maior quando descobre que a mulher que o criou como filho na verdade o roubou na maternidade.
Dirigido pelo fotógrafo, diretor de videoclipes e cineasta Anton Corbijn, Life – Um retrato de James Dean estreia em 32 salas de cinema. O filme traz Dane Deehan no papel do ator eternizado em Juventude Transviada. A trama acompanha um ensaio fotográfico histórico realizado pelo fotógrafo Dennis Stock (Robert Pattinson), da revista Life, que fez Dean chegar ao status de superstar. O elenco traz ainda Ben Kingsley, Joel Edgerton e Alessandra Mastronardi.
A comédia dramática Um Dia Perfeito, com Benício Del Toro, Tim Robbins e Olga Kurylenko no elenco estreia em duas salas no Rio e duas em São Paulo (além de ter pré-estreias pagas em Brasília e Porto Alegre).
Para informações sobre os horários das sessões, acesse nosso guia de programação.
Confira abaixo os trailers, críticas e a opinião da imprensa sobre os filmes que estreiam nesta semana:
A Lenda de Tarzan: "A ideologia desta história, como dito acima, merece ser questionada. A obra de Burroughs foi muito criticada pela visão imperialista do personagem branco transformado em líder do continente negro. Cem anos se passaram, mas o roteiro de Adam Cozad e Craig Brewer não trouxe modificações à representação: Tarzan ainda é um lorde britânico, rico e branco, que parte à África para liderar os homens negros que não podem sobreviver sozinhos. Além disso, precisa salvar a eterna donzela em perigo e garantir a procriação da espécie." Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Entre Idas e Vindas: "Por mais que possua um verniz estético mais apurado que a média das comédias brasileiras, especialmente em relação aos enquadramentos e ao uso de outro tipo de câmera nas muitas cenas de praia, trata-se de um filme cujo roteiro, escrito em parceria por Cláudia Jouvin com o próprio Belmonte, está bem aquém da qualidade do elenco." Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Dois Caras Legais: "Extremamente divertido, Dois Caras Legais funciona tanto como homenagem como uma espécie de paródia aos anos 70, pela inevitável comparação com os dias atuais. Vale prestar atenção nas inúmeras referências que surgem, sejam visuais ou nos diálogos, no uso do nosso "Garota de Ipanema" como música de elevador e em toda a sequência de abertura, mais exatamente em como a nudez é retratada em dois momentos bem distintos." Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Chocolate: "...torna-se ousado ao estabelecer comparações entre a escravidão legalizada do século XIX e a escravidão simbólica vivida pelo protagonista no capitalismo do século XX, como artista circense salariado. " Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Mãe Só Há Uma: “A tentação óbvia é que o enredo se desenrolasse em uma adaptação policial, um filme de tribunal, um embate do vilão (ou vilã) versus o(a) mocinho(a). Mas Anna não é óbvia e, por isso mesmo, acrescenta uma importante camada ao drama familiar que se desenrola na ficção (...) Mas a produção se vale de um arco dramático abortado prematuramente. A história simples (até demais) resulta repetitiva quando estendida para o formato de um longa (...) E o que Mãe Só Há Uma traz de melhor parece credenciá-lo como um rascunho da obra-prima (sem exagero) que é Que Horas Ela Volta”. Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Life - Um Retrato de James Dean: "Atuações controversas à parte, Life consegue se estabelecer como uma obra bela e austera, munida de ambições complexas. Não é fácil investigar a criação de mitos em Hollywood, ou a inevitável assimetria entre a fotografia e o real, mas Corbijn aborda estes temas de modo frontal e nuançado, embora não exaustivo. A presença de um discreto humor negro (através do personagem de Ben Kingsley) também contribui a tornar a história um pouco mais calorosa." Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Um Dia Perfeito: "...de modo geral, o filme apresenta uma astúcia ímpar em seu retrato da guerra. Aos poucos, Aranoa consegue retratar as principais consequências humanas e políticas de um conflito armado, sem filmar uma única gota de sangue. Quando o cinema tem vontade de mostrar cada vez mais, a boa direção pode ser aquela que sabe o que esconder." Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.