A grande surpresa do dia 24 de junho foi o referendo no Reino Unido, levando à decisão popular de sair da União Europeia, pela curta maioria de 51,9% dos votos.
Enquanto a ala conservadora britânica comemora o fato que a entrada de imigrantes será dificultada, a classe artística teme pelo pior. Afinal, muitos filmes, séries, concertos e outras formas de arte são realizados através de acordos de cooperação existentes apenas dentro da UE.
Desde a manhã de sexta-feira, autores, diretores e atores têm comentado o Brexit (termo que combina "Britain" e "Exit") no Twitter:
Lena Headey, a Cersei de Game of Thrones, imaginou uma situação pior ainda: "Só falta elegermos Trump por aqui".
J.K. Rowling, autora de Harry Potter, sempre foi contrária à saída do Reino Unido da UE: "Eu nunca desejei a magia tanto quanto agora", disse, e completou: "A Escócia vai querer a independência agora. O legado de Cameron será separar duas uniões. Nada disso precisava acontecer".
James Corden, apresentador e ator de Caminhos da Floresta e Apenas uma Chance, lamenta: "Não consigo acreditar no que está acontecendo no Reino Unido. Sinto muito pela juventude britânica. Temo que vocês tenham sido abandonados hoje".
Ricky Gervais, o politizado ator das séries The Office e Extras, lançou uma tirada bastante sarcástica: "Animem-se. Vamos todos morrer em breve, e é a próxima geração que vai realmente sofrer. Tenham um ótimo dia".
Neil Gaiman, autor de Sandman, Coraline e Stardust, também se mostra pessimista: "Caro Reino Unido. Boa sorte. Infelizmente, vocês vão precisar. Com Amor, Neil".
Hugh Laurie, da série House, felicitou com ironia os adversários: "Parabéns a quem votou pela saída. A ré está engatada, devagar na embreagem".
Armando Iannucci, diretor e roteirista da série Veep, reage de modo ambíguo: "Meu Deus, vai ter muita política agora".
Elizabeth Hurley, de Endiabrado, foi uma das poucas atrizes a comemorar a decisão popular: "Noite longa e emotiva. Bons sonhos", afirmou, acrescentando o símbolo de uma garrafa de champanhe estourando.