O fim de X-Men: Apocalipse revela — num spoiler moderado — a Mística (Jennifer Lawrence) liderando um novo time dos mutantes de Xavier (James McAvoy) numa aula prática. Um desfecho que finca a personagem, em definitivo, como uma heroína da franquia cinematográfica, numa mudança drástica em relação ao modo como Raven é retratada nos quadrinhos mais tradicionais. Sabe por quê?
"É o meu modo de homenagear a HQ "A Era do Apocalipse", em que todos meio que trocam os papéis", conta o principal nome da franquia X-Men nos cinemas, Bryan Singer, em entrevista ao ComicBookMovie. O produtor, diretor e roteirista explica que "obviamente, não contou a história completa" daquele arco, mas a lógica de lados trocados, em que "alianças são modificadas", é a mesma.
Bryan Singer acha, por causa disso, que a Mística "é a personagem certa" para levar essa lógica invertida adiante como protagonista de um filme derivado dos X-Men. "Ela tem uma visão de mundo diferente. Xavier pode acessar o Cerebro e ver o cérebro, mas ele prefere dar aulas e ver a beleza dos mutantes e humanos coexistindo em sua mansão em Westchester. E vemos Raven com um choque de realidade sobre o estado do mundo. Isso abre muitas possibilidades", disse Singer.
Uma dificuldade seria contar com Jennifer Lawrence para o filme. Há alguns meses, a atriz — que veio a se tornar uma das maiores estrelas de Hollywood depois de sua estreia como Mística, em X-Men: Primeira Classe — disse que X-Men: Apocalypse seria o seu último capítulo na franquia. Mas Bryan Singer não se preocupa muito com isso. Ele diz que apostaria no projeto com ou sem JLaw.
O que acha da ideia? Soa muito boa, e quem também tiver gostado, deve se lamentar que Bryan Singer deva se despedir da franquia. Além disso, o desempenho de X-Men: Apocalipse nas bilheterias não é tão empolgante (até o momento, US$277 milhões no mundo), tendendo a dificultar um filme inspirado em apenas uma personagem do supergrupo. Enfim, só o tempo dirá.
