Atriz de Jessica Jones comenta o motivo que fez Homem de Ferro 3 não ter uma vilã

Krysten Ritter defendeu a representatividade feminina no Universo Marvel. Girl power!

Não é nenhuma novidade que filmes de super-heróis não dão muita visibilidade às personagens femininas. E muito disso tem a ver com o mercado de brinquedos e produtos temáticos.

Viúva Negra, interpretada por Scarlett Johansson, por exemplo, foi deixada de lado da linha de brinquedos de Os Vingadores - The Avengers e Vingadores: Era de Ultron e até substituída pelo Capitão América na representação de uma das cenas em que ela aparece. Depois, a Rey de Star Wars - O Despertar da Força foi excluída de conjuntos de brinquedos e jogos de tabuleiro, mesmo sendo a protagonista do filme. Eventualmente, a Disney e a Hasbro se retrataram e passaram a incluir a personagem de Daisy Ridley em suas mercadorias.

Entretanto, o legado da não-representatividade na Disney-Marvel continua. Na última semana, o roteirista de Homem de Ferro 3, Shane Black, revelou que o longa de 2013 teria uma vilã, até que a Marvel barrou a decisão, afirmando que personagens femininas não venderiam bonecos suficientes.

A atriz de Jessica Jones, Krysten Ritter, comentou o assunto, ao ser entrevistada por Stephen Colbert no The Late Show. Surpresa com a declaração de que uma vilã feminina não foi aceita, ela afirmou:

"Meu Deus, eu não sabia disso! Meninas podem vender brinquedos!".

E completou: "Eu não sei se já tem uma [boneca de Jessica Jones], mas deveria ter e eu aposto que venderia muito. Vou dar alguns telefonemas depois disso."

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Então, Colbert sugeriu ao público: "Vá a uma loja de brinquedos e peça por uma boneca de Jessica Jones, ou só compre qualquer boneca e chame de Jessica Jones".

"Sim", concordou Krysten Ritter. "Só pegue uma Barbie e coloque uns jeans legais, rasgados, botas e uma jaqueta de motociclista e está pronto", falou, descrevendo o visual de sua personagem. (Lembra que uma mãe já montou bonecas das heroínas favoritas de sua filha? É a mesma coisa).

A atriz comentou também estar empolgada em trabalhar em um programa que ama e que teve um impacto cultural positivo. Afinal, Jessica Jones é a primeira heroína da Marvel a ganhar uma série de televisão e a falar de assuntos importantes.

"Jessica Jones tem um passado muito traumático", explicou Ritter. "Ela é uma sobrevivente de estupro e abuso. Mas sua jornada ao longo da série é não deixar que isso a defina. Com tudo que aconteceu com ela, ela ainda usa os músculos, encontra todo seu potencial e vence o cara que a abusou."

Assista ao vídeo da entrevista:

Parece que o quadro de representatividade da Marvel está para mudar. Em breve, teremos o filme solo da Capitã Marvel. E, mais para frente, é bem provável que tenhamos um longa-metragem protagonizado pela Viúva Negra. Os roteiristas de Capitão América: Guerra Civil já disseram que a personagem está pronta para um filme solo e Kevin Feige, presidente dos Estúdios Marvel, se comprometeu a fazer acontecer. Vamos torcer!

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