O ator Bryan Cranston e os demais fundadores da pequena rede de cinemas Palme d'Or dizem que terão de fechar as portas por causa da pressão realizada pela gigante Cinemark, após uma década de disputas.
"Nós não podemos mais pagar todas as nossas dívidas por causa da constante pressão da Cinemark nos estúdios e distribuidoras para nos tirar grandes lançamentos. Nós lutamos duro, mas os acordos para garantir um circuito fizeram com que seja impossível continuar no mercado", afirmaram os proprietários da rede de cinemas californiana em carta divulgada para estúdios de Hollywood.
Cranston, o apresentador de rádio Steve Mason, o executivo Andreas Mauritzson e executivo da área das exibidoras Brian Tabor abriram a Palme d'Or com o objetivo de conquistar e fidelizar um público mais maduro, oferecendo uma programação mais voltada para lançamentos médios e filmes de arte. Com apenas 10 salas, a rede é uma das poucas dos Estados Unidos que serve bebidas alcoólicas.
Em entrevista para o The Hollywood Reporter, Mason disse que um cinema próximo ao Palme d'Or, que pertence ao Cinemark, passou a negociar com grandes estúdios de Hollywood, ameaçando boicotar um filme que fosse exibido na rede do ator de Breaking Bad. "Eu estou devastado. Eles tentam tirar todos os filmes de nós", disse o empresário.
Mason ainda disse que a luta nos tribunais contra a Cinemark continuará mesmo depois que os cinemas da Palme d'Or encerrarem suas atividades.