Descompensada tinha tudo pra ser a consagração de Amy Schumer. Acabou por ser seu trauma.
Na semana de estreia da comédia, em julho de 2015, um atirador interrompeu uma sessão do filme num cinema de Lafayette, na Louisiana. Ele matou duas mulheres e feriu outras nove pessoas antes de cometer suicídio. O incidente destroçou o psicológico de Amy Schumer.
"Minha assessora me contou. Eu coloquei no noticíario. Estava sozinha, num hotel, e pensava 'Eu queria nunca ter escrito esse filme'", disse a comediante, em entrevista à Vanity Fair. Racionalmente, Amy Schumer tem noção de que não foi culpa sua. Porém, se sentiu verdadeiramente "perdida e estúpida" com a tragédia.
Amy lembra que recebou "um milhão de telefonemas" no dia, antes de saber do ocorrido. E brincou, supondo que alguém tivesse vazado um vídeo sexual seu. O choque só veio após retornar o chamado de sua assessora. "A ideia de pessoas tentando sair e se divertir, sabe, ansiosas por isso... Eu não sei, isso faz eu me sentir péssima", disse ela.
A tragédia mudou a sua vida. Além de uma notória mudança de comportamento nas redes sociais, imediatamente após o ocorrido, Amy se politizou. Desde então, ela trabalha com seu primo e senador de Nova York, Chuck Schumer, numa campanha em prol do controle de armas.
Apesar do tiroteio, Trainwreck foi mais um sucesso na carreira do diretor Judd Apatow. Ao menos nos Estados Unidos, onde o filme arrecadou excelentes US$110 milhões. No resto do mundo, o resultado em bilheterias foi bem mais modesto: US$30 milhões.