A Netflix está cada vez mais próxima de rever uma forte restrição na política da empresa: oferecer acesso offline ao seu catálogo. Não entendeu? É simples: a possibilidade de seu espectador fazer o streaming de quantos vídeos quiser e assisti-lo depois. A modalidade é permitida no Spotify, por exemplo, e é ótima para acessar o conteúdo da plataforma online quando você não estiver conectado. Perfeito. Porém, algo contra o qual a Netflix sempre foi muito firme.
Fundador e CEO da empresa, Reed Hastings divulgou resultados negativos da empresa nessa semana, e, à ocasião, admitiu a possibilidade de tal posicionamento mudar: "Estivemos muito concentrados no clique-e-assista, e na beleza e simplicidade do streaming. Mas, à medida que nos expandimos para todo o mundo e vemos uma distribuição desigual das redes, devemos manter a mente aberta sobre isso", explicou Hastings.
Ao longo dos anos, a Netflix sempre rebateu com muita firmeza a questionamentos e reflexões a respeito. Há alguns meses, um porta-voz da empresa foi perguntado se os contratos de licenciamento, que, em grande parte, impedem a disponibilidade para download, seria o problema. "Nunca mudamos nossa posição – não vamos fornecer cache offline", ultimou o representante da plataforma online. Já não mais, apenas quando o entrevistado é o chefão Reed Hastings.
Além disso, alguns argumentos apresentados em ocasiões passadas foram, no mínimo, bem questionáveis: "Você precisará se lembrar que quer baixar tal coisa, não será instantâneo, você precisa ter o espaço certo no seu dispositivo, você precisa administrá-lo, e eu não acho que as pessoas queiram fazer isso", afirmou, em declaração oficial, como se pensar individualmente fosse determinante para a oferta a todo um grupo, ao mundo inteiro. Um pouco demais, não?
Aliás, o que você pensa sobre a possibilidade de a Netflix oferecer acesso offline ao seu catálogo: um real avanço ou algo desnecessário?