Hoje é um dia triste para o cinema e para a crítica brasileira. Faleceu, aos 79 anos, José Carlos Avellar, crítico, curador, pensador e professor com importante atuação cultural por mais de cinco décadas. A informação foi confirmada pelo crítico Carlos Alberto Mattos, em sua página no Facebook. "É com imensa tristeza que comunico o falecimento do colega crítico José Carlos Avellar. O Brasil perde um dos pensamentos mais lúcidos e inteligentes sobre o cinema. Estou me sentindo como um barco perdido no oceano sem farol", destacou.
Membro fundador da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (ACCRJ), Avellar trabalhou por mais de vinte anos como crítico do Jornal do Brasil. Nos últimos tempos, escrevia para o Blog do Instituto Moreira Salles. Por sinal, era coordenador de cinema do IMS, responsável pelo programação da sala.
Escreveu seis livros: "O chão da palavra – cinema e literatura no Brasil"; "Glauber Rocha"; "A ponte clandestina - teorias de cinema na América Latina"; "Deus e o diabo na terra do sol"; "O cinema dilacerado" e "Imagem e som, imagem e ação, imaginação". Além de ter colaborado com inúmeras publicações sobre cinema.
Atuou como representante do Festival de Berlim no Brasil e foi júri nos Festivais de Cannes e Veneza. Além da ACCRJ, era membro a FIPRESCI (Federação Internacional de Críticos de Cinema), da qual foi vice-presidente e secretário.
Avellar foi diretor cultural da Embrafilme, vice-diretor da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), diretor presidente da Riofilme e professor da Escola de Cinema Darcy Ribeiro.
Para conhecer um pouco mais de José Carlos Avellar, vale a pena conferir esta participação no programa "Encontros de Cinema", de Itaú Cultural.