Batman ou Superman? Capitão América ou Homem de Ferro? Não, a briga que está dividindo Hollywood no momento é Defensores do Screening Room contra Inimigos do Screening Room. "E o que é Screening Room?", você pode perguntar. É uma empresa criada por Sean Parker (cocriador do Napster interpretado por Justin Timberlake em A Rede Social) que pretende disponibilizar lançamentos cinematográficos na internet no mesmo dia da estreia. Após o pagamento de US$ 150 dólares pelo acesso ao sistema, ao custo de US$ 50 dólares o consumidor terá 48 horas para ver os filmes mais recentes onde quiser.
Segundo os apoiadores, a tecnologia (completamente antipirataria) irá aumentar os lucros dos negócios, alcançando espectadores que geralmente não vão aos cinemas, e acabará com as brigas por janelas de exibição que ano passado motivaram o boicote ao filme Beasts of No Nation, por exemplo.
Christopher Nolan declarou-se contra a iniciativa seguindo os passos de Jon Landau e James Cameron, que se pronunciaram ontem, via Variety.
"Jim e eu permanecemos comprometidos com a santidade da experiência cinematográfica. Para nós, tanto do ponto de vista criativo, quanto do financeiro, é essencial que os filmes sejam oferecidos exclusivamente nos cinemas em primeira mão. Não compreendemos por que a indústria deseja incentivar o abandono da melhor forma de apreciação da arte que nos esforçamos tanto para criar", desabafou Landau.
Steven Spielberg, Martin Scorsese, Brian Grazer, Ron Howard, J.J. Abrams e Peter Jackson apoiam o Screening Room e inclusive investiram dinheiro na ideia. Estúdios de Hollywood ainda estão estudando a proposta e a Associação de Donos de Cinemas dos EUA já começou a se movimentar contra a startup.