As mudanças na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela cerimônia do Oscar, já estão começando. Desde janeiro, a presidente Cheryl Boone Isaacs prometia transformações drásticas na inclusão de novos membros. A intenção é aumentar a representação de minorias entre os indicados e premiados, após a criticada edição de 2016 em que nenhum ator negro recebeu indicações ao Oscar.
Para isso, foram nomeados ao comitê executivo sete personalidades capazes de representar a diversidade e propor mudanças nas regras: o ator e diretor Gael García Bernal (Má Educação), a diretora de fotografia Amy Vincent (A Entidade 2), a animador Floyd Norman (Monstros S.A.) e os produtores Effie Brown (Cara Gente Branca), Marcus Hu (Horror na Praia Psicodélica), Vanessa Morrison (o curta Cut Boys) e Stephanie Allain (Ritmo de um Sonho).
Paralelamente, foram integradas três pessoas ao comitê de organização, em áreas diferentes: a diretora Jennifer Yuh Nelson (Kung Fu Panda 3) vai supervisionar a seleção de curtas-metragens e animações, o roteirista Gregory Nava (Frida) auxilia na coordenação dos roteiros e o diretor Reginald Hudlin (das séries Psych e Murder in the First) supervisiona a seção de diretores.
Cheryl Boone Isaacs aproveitou para pedir desculpas pelas piadas racistas do apresentador Chris Rock em relação aos asiáticos durante a última cerimônia do Oscar. 25 membros asiáticos da Academia, incluindo o cineasta Ang Lee, protestaram contra o teor da apresentação de Chris Rock em uma carta aberta.